Grandes Sertões: Veredas

A narrativa é construída com acentos e jeitos sertanejos, característica típica do Romance Brasileiro Moderno escrito a partir “da década de 1930. O narrador conta a história a um interlocutor desconhecido, que nunca se pronuncia, a quem ele chama “Senhor,“Moço” ou “Doutor”.

Em sua narrativa, intérprete dos segredos das veredas, Riobaldo tece a história de sua vida – um discurso de descoberta e autoconhecimento: revelando o sertão-mundo, revela-se a si próprio, como se dissesse “o sertão sou eu” para reconhecer-se. Nessa perigosa travessia, Riobaldo confronta as forças do bem e do mal, retoma num fluxo de memória o fio de sua vida e narra as grandes lutas dos bandos de jagunços, descreve os feitos e características de diversos personagens e revela os códigos de honra e de procedimentos dosertão.

narrativa não segue uma forma linear, mas podemos depreender dela muito da história de Riobaldo. Conta ele que depois da morte da mãe, uma mulher pobre que vive como agregada em uma grande fazenda no interior de Minas, passou a morar com seu padrinho. Decepcionado com esse que era provavelmente seu verdadeiro pai, foge de casa. Ex-jagunço de um bando dos “sertões das gerais” (sul da Bahia, norte de Minas Gerais e norte e nordeste de Goiás), Riobaldo é levado a se juntar ao movimento jagunço ao reencontrar um amigo de infância, Diadorim.

Entretanto, segundo o próprio Riobaldo os episódios que vive com o bando não lhe trazem satisfação. O narrador, na verdade, passa a perceber que existe entre ele e Diadorim uma relação diferente da que se podia haver entre os jagunços.

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