Os Bispos, reunidos em Aparecida, frisaram alguns elementos importantes em relação à vida consagrada. A vida consagrada é um dom do Pai, dado por meio do Espírito, à sua Igreja e que constitui um elemento decisivo para sua missão. Se expressa na vida monástica, contemplativa e ativa, nos institutos seculares, naqueles que se inserem nas sociedades de vida apostólica e outras novas formas. (cf.nº216). Os consagrados (as) são chamados a fazer de seus lugares de presença, de sua vida fraterna em comunhão e de suas obras, lugares de anúncio explícito do evangelho. (nº217). São chamados a ser especialistas em comunhão, tanto no interior da Igreja, quanto no da sociedade. (n 218). Num mundo marcado pela secularização os consagrados são chamados a serem testemunho da absoluta primazia de Deus e de seu Reino, frente ao mercado e às riquezas que valorizam as pessoas pelo ter, frente à erotização e banalização das relações. (n 219). Os consagrados (as) são chamados a uma vida disciplinar, apaixonada por Jesus-caminho ao Pai misericordioso, de caráter místico e comunitário. Devem ter uma postura profética e mostrar ao mundo atual as sombras em que está e apontar um caminho novo, a partir de cada carisma e espiritualidade de seu fundador. (nº220). Os consagrados (as) necessitam da vida contemplativa para testemunhar de que somente Deus basta para preencher a vida de sentido e de alegria, diante da supervalorização do ter. De maneira especial, para contemplativos (as) de claustros, para que infundam com sua oração um novo sopro de vida na Igreja e no mundo atual. (nº221). O Espírito Santo continua despertando novas formas de vida consagrada nas Igrejas, as quais devem ser acolhidas e acompanhadas em seu crescimento no interior das Igrejas locais. (n 222).